Bolos Caseiros Fazem Sucesso Pela Cidade

A carta de Wigna tem o desenho de um campo florido e uma árvore com frutos em maneira de coração. Um assunto que só está nos sonhos da criancinha, por causa de tudo em torno da casa de estuque onde ela nasceu e vive é o retrato característico da caatinga: pedras, terra seca rachada, oiticicas de galhos nus, xiquexiques e mandacarus.

“Foi desagradável não ter inverno. A gente não plantou e não vai colher”, argumentou Wigna, de olhos arredios e jeito tímido, no dia onze de junho, diante do colega carioca que foi visitá-la após ganhar a carta — e que assina esta matéria. Wigna Graziele está rodeada de mulheres em Monte Animado.

São elas que resistem à seca no assentamento e em quase todo o semiárido do Nordeste. Salvo a exceção dos mais velhos — como Azuil, o avô que ensinou Wigna a plantar —, os homens foram mesmo que, em pesquisa de ocupação ao longo da estiagem prolongada. Alguns voltam pra ir os fins de semana em casa, mas é incomum.

1. Dois latas de leite (determinar pela lata de creme de leite)
2. 8 5 2010
3. Cozinhe o arroz e reserve
4. 4 ou seis colheres (sopa) de óleo de coco

Em geral, o trabalho é afastado, e o dinheiro, contado. O pai de Wigna foi bem que há tempos. 140 de royalties do petróleo (o Município de Upanema é produtor). É com esse dinheiro que ela sobrevive com as filhas, Wigna (pronuncia-se Uíguina) e Wisla Gabriele, de cinco anos. A agricultura de subsistência é a apoio produtiva de Monte Contente, e as famílias acrescentam a renda com o Bolsa Família.

Plantam pra consumo respectivo e vendem o que sobra nas feiras locais. Páscoa: Confira Sugestões Para Celebrar A Data Sem Gastar Muito chove. Em 2011 choveu insuficiente na localidade, em 2012 não veio água. Quase nada. Em Monte Bem-humorado, foram 4 dias de chuva em abril, insuficientes para animar as pessoas a plantar o de a toda a hora: milho, feijão, sorgo, mandioca. “Se a gente planta e não vinga, ainda perde as sementes. Ninguém teve ânimo de plantar.

E prontamente era data de colheita agora”, lamenta Sandilma. As famílias de Monte Sorridente — e, de resto, de todo o semiárido — gastaram o estoque de alimentos de 2011 para 2012. O insuficiente que restou agora foi consumido neste começo de 2013. Uma História De Vida Dura, Inspiradora - E Bem Real sem colheita e sem estoque. Wigna poderia ter desenhado este quadro de desolação na sua carta, contudo preferiu usar os lápis de cor pra riscar no papel o campo de flores e a árvore com frutos. Se o inverno não passou por Monte Bem-humorado em forma de chuva, ele colore de verde alguns espaços no chão seco.

São hortas que teimam em florescer sem necessitar de chuva, nem de socorro oficial. Germinam por causa iniciativas locais, nas quais Sandilma está envolvida, próximo às novas mulheres de Monte Feliz. Essa brigada feminina de resistência à seca encoraja Wigna a crer em dias melhores, a despeito das evidências em contrário.

O projeto dos quintais produtivos é uma destas iniciativas. Ele foi levado a Monte Feliz pelo Centro Feminista 8 de Março, o CF8, uma organização nãogovernamental com sede em Mossoró (RN), também criada essencialmente por mulheres, e que recebe apoio de entidades internacionais, como a Action Aid. O projeto usa técnicas de cultivo que valorizam a pouca água acessível para a agricultura.

Uma das técnicas consiste em forrar com lona de caminhão um buraco feito pela terra, construir uma pequena infraestrutura de tubos de PVC furados em incontáveis pontos, jogar terra por cima e plantar as sementes de hortaliças. A água é colocada por duas aberturas em cada lado do canteiro, escorre pelos tubos e sai pelos furos, espalhando-se por baixo da terra e acima da lona. Então, a água não se esvai sugada na terra seca, mantendo-se mais tempo em contato com o plantio. Torta Mousse De Limão , cebolinha, salsa e até tomate-cereja. “É o canteiro econômico.

A água podes ser economizada de novas maneiras, até já utilizando uma garrafa PET como uma espécie de conta-gotas instalado pouco acima da apoio da planta. De pingo em pingo, a terra ali embaixo se mantém úmida e contribui a germinação”, explica Ivi Aliana Dantas, agrônoma do CF8. 1.500. Esses recursos são obtidos na ONG e seus parceiros através de doadores do Brasil e do exterior, que ‘apadrinham crianças do semiárido e contribuem mensalmente para financiar projetos na região. “É um elo solidário potente, em razão de os doadores recebem periodicamente cartas das crianças e informes a respeito como os recursos são aplicados”, diz Sueli Oliveira, do CF8.