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Antes que faça o texto do dia a respeito do Rio de Janeiro, uma observaçãozinha. Há uns tontos achando que tentei flertar com a esquerda ou com o politicamente claro ao apontar as bobagens ditas por Jair Bolsonaro (post abaixo). Até porque eu não escrevo pra “conquistar” a simpatia de ninguém, de direita, de esquerda ou de centro.

Penso o que imagino — alguns gostam de tudo, outros detestam tudo, outros ainda acolhem uma fração e discordam de outra. É por aí mesmo. Não ambiciono a unanimidade. Não sou aiatolá. Imagino bem o que citou Bolsonaro — ele não fez pergunta nenhuma de esconder. Não irei repetir fundamentos.

Olhem aqui: eu tenho horror ao modo de manada. Essa é uma, não a única, das razões que me tornam incompatível com as teses de esquerda. No entanto isto não isto é que cada avaliação antiesquerdista — ou teoricamente antiesquerdista — me sirva. Fosse portanto, estaria eu a endossar a manada do outro lado. Não há perigo de isso ocorrer. Só em estádio de futebol eu amo de ser “galera”, eu me deixo conduzir por um sentimento coletivo. É expressão de paixão, não de justificativa: “Aqui tem um bando de louco…” É duca!

E, certamente, também desse caso, repudio a crueldade. Além disso, pergunto: Bolsonaro auxilia para que as coisas sejam colocadas nos seus justos termos? Se eu fosse militante de cada uma daquelas causas, a essa hora, estaria agradeço ao deputado. Eu não pretendo flertar com ninguém, a não ser com um raciocínio que não se preocupa em se amarrar a essa ou àquela corrente.

Não tenho partido nem tenho turma. Não acredito que haja salvação para o homem fora da responsabilidade individual. No mundo laico, essa é a minha religião. ] leva um couro e muda o comportamento dele”, esperam que eu diga o quê? Isto não é nem de esquerda nem ao menos de direita: isto é só estúpido.

Quer dizer: os comunistas e os fascistas poderiam endossá-lo plenamente. Desse jeito é na Cuba de hoje; assim foi na Alemanha nazista. Eu não espero nem quero endosso da esquerda, da direita, do centro… Quando um pensamento ou um blog que possa ser têm o propósito de ajudar como mero instrumento de uma circunstância, portanto prontamente está falecido.

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Não serei o “outro lado” dos “blogueiros progressistas”. Eles não são meu oposto; eles são de outra espécie. Eu pretendo, aí sim, é romper falsos consensos, apontar o fundo errôneo de algumas, se me permitem o plural inusual, porém possível para a expressão, “doxas”. Este é o meu papel. Se a esquerda apanha muuuito mais, é pelo motivo de é ela que detém hoje a hegemonia do debate político e cultural no Brasil e, em larga capacidade, no universo ocidental.

Curiosamente, Acesse Quem São Os 7 Profissionais Mais Disputados E O Quanto Eles Ganham , na atualidade, é ser antiesquerdista. Porém isso pode render pano pra outro texto. Os leitores de a todo o momento neste momento sabem, os eventuais fiquem avisados: eu jamais deixaria de digitar o que imagino a respeito ou aquilo pela suposição de que boa parcela dos meus leitores, ou a totalidade deles, não concordaria comigo.