Eliminação Decidirá Enredo Do 'BBB 18' Entre Triângulo Amoroso Ou Caça à Bruxa |
Quantas vezes uma piada poderá ser contada até perder a graça? Outrora galinhas dos ovos de ouro da produção nacional, as comédias bambearam por este ano que chega ao encerramento. Entre as obras do gênero lançadas no tempo, nenhuma superou a marca do milhão de ingressos vendidos. Samba, Suor E Um Copinho De Xixi , só 3 vídeos brasileiros venderam mais do que um milhão de ingressos. Os outros 2 filmes são o thriller "Polícia Federal" (1,três milhão) e o infantojuvenil "Detetives do Prédio Azul" (1,2 milhão). Teriam as comédias nacionais perdido a graça em tempos de um Brasil tão sinistro?
É fato que puxadores de público em outras épocas terminaram à deriva. 2,cinco milhões em 2012. Todavia a sua continuação, com mesmo elenco e diretor, não chegou a um quarto disso ao ser lançada, em janeiro, e saiu de cartaz com 402 mil ingressos. Danilo Gentili, que participou de "Mato Sem Cachorro" (1,um milhão de pessoas em 2013), vendeu 464 1000 ingressos ao protagonizar a politicamente incorreta "Como se tornar o Pior Aluno da Faculdade", que estreou em outubro. E a youtuber Kéfera, que pôde arregimentar uma multidão de 1,sete milhão de pessoas em 2016 com "É Fada!", não superou nem sequer 120 1 mil em 2017 com "Gosto se Discute".
Uma ressalva desse último caso: o primeiro filme estreou em 696 salas; o segundo, em metade do circuito. Ainda dessa forma, fez menos do que 10% do público do anterior. Paulo Sérgio Almeida, diretor do site Filme B, que monitora as bilheterias no estado. A respeito do caso Kéfera, ele arrisca palpites: "É Fada!" é juvenil, escrachado, conta com diretor bastante famoso (Daniel Filho) e teve divulgação pesada da Globo (é uma elaboração da Globo Vídeos).
Já "Adoro se Discute" é uma aposta arriscada: é comédia dramática, terreno ao qual a youtuber não está obrigatoriamente ligada, e se passa num mundo (o da gastronomia) que é alienígena pro cinema brasileiro. O filme, que pela data arrastou 3,quatro milhões de pessoas, se assentava em um terreno seguro.
Trazia um elenco famoso do público (Tony Ramos e Gloria Pires) em uma trama manjada de troca de identidades entre o casal. Televisão (caso de Leandro Hassum, Ingrid Guimarães, Paulo Gustavo etc), e que, nos últimos onze anos, alavancou a venda de ingressos de toda produção nacional. A produtora crê que, diante da ausência dos "heróis nacionais", o público tenha escolhido os estrangeiros -no caso, os super-heróis. É evento. 4 dos dez filmes mais vistos no ano no Brasil são de justiceiros superpoderosos: "Mulher-Maravilha", "Homem-Aranha", "Thor: Ragnarok" e "Logan".
O diagnóstico da fuga da categoria C é partilhado pelo produtor LG Tubaldini Jr., de comédias como "Qualquer Gato Vira-Lata" (2011) e "O Concurso" (2013). Pra ele, o fenômeno vai além das comédias. Ele inclui a concorrência com serviços perante demanda e até a brutalidade urbana como outros empecilhos. O produtor lançou "Divórcio", quarta comédia mais visão em 2017, com público total de 480 mil pessoas.
Embora o video com Murilo Benício e Camila Morgado não tenha ultrapassado a marca do milhão, no mínimo rompeu com outra divisa do gênero: conseguiu satisfazer a crítica. O → Como Conquistar Um Homem Pelo Whatsapp assim como levou a obra pra um terreno em ascensão, o universo sertanejo do interior paulista. Tubaldini diz que o trajeto do cinema nacional é produzir outros gêneros. Ele cita casos como o da Rússia e da Coreia do Sul, cujos rankings nacionais não se limitam a comédias, e imediatamente abrigam ficções científicas e thrillers.
Presidente interina da Ancine (Agência Nacional do Cinema), Débora Ivanov diz ter ouvido queixas de que os filmes americanos ocupam o primeiro semestre e deixam "as produções nacionais com potencial muito estranguladas no segundo semestre". Segundo ela, o órgão estuda mudar a cota de tela, ou melhor, a obrigatoriedade de exposição de um mínimo de filmes nacionais que recai sobre isso as salas de cinema. Ao invés Ética Não é Só Um Dificuldade Dos Políticos, Entretanto Do Cotidiano De Todos , ela podes ser semestral. O ano de 2018 promete prosseguir com humor nas telonas. Cauã Reymond e Tatá Werneck farão policiais fracassados em "Uma Quase Dupla", e Marcos Veras e Rosanne Mulholland estarão pela comédia corporativa "Tudo Acaba em Celebração". E os "heróis" voltam: Paulo Gustavo em "220 Volts", e Leandro Hassum em "Não se Aceitam Devoluções".
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